31.3.16

os velhos e os jovens


Há mais ou menos um ano dei uma olhada no Facebook de um amigo (eu não tenho Facebook) e vi as postagens de um sujeito que cheguei um dia a conhecer. Numa das postagens ele chamava os manifestantes de fascistas. Na postagem seguinte, ele dizia que deviam ser fuzilados... Fiquei atônito: o cara é inteiramente incapaz de refletir a respeito de seus próprios pensamentos; ele não sabe o que diz. Fascista quem?

* * *

A narrativa dos governistas é preocupante. Eles não apenas vendem a imagem de que são "defensores da democracia", mas a imagem de que seriam os exclusivos defensores da democracia. Ao fazer isso, ao reservar para si a totalidade do campo democrático, a narrativa governista expulsa todas as opiniões contrárias para um suposto campo antidemocrático. Aqueles que vão às ruas apoiar as investigações são golpistas e mesmo (hoje Dilma finalmente empregou a palavra) nazistas: Sérgio Moro com o bigode de Hitler.

Essas narrativas são criminosas. Elas acabam fomentando (compreensivelmente, a meu ver) o ódio do campo antigovernista, que não parece disposto a perdoar a quebra da maior empresa nacional, o desvio de enormes somas de dinheiro público para financiamento de campanhas, o aparelhamento e uso indevido da máquina estatal, a maquiagem de contas públicas, o chamado 'estelionato eleitoral' (reconhecido publicamente por Lula) e as reiteradas tentativas de obstrução da Justiça.

Mas o ódio dos antigovernistas é o de menos: quem liga para alguns xingamentos? As maiores vítimas da narrativa governista (se é que podemos realmente falar de 'vítimas' nesse caso) são os próprios simpatizantes do governo, que estão sendo convocados para a "luta". Mas... Luta contra quem? Contra o Ministério Público; contra a Polícia Federal; contra a Lava Jato; contra a maioria do povo brasileiro. Quem sabe de que será capaz aquele que "luta pela democracia contra os golpistas", se todos os seus "inimigos" são a própria "encarnação do mal"?

* * *

Os governistas ainda não perceberam, ou não quiseram perceber, que nas últimas manifestações, as maiores de todas, havia vários simpatizantes e ex-simpatizantes da esquerda.

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Neste dia 31 de março, torço para que os militares se limitem a cumprir suas atribuições: vigiar bem nossas fronteiras.

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Os velhos roubam, corrompem, se drogam, contratam putas e putos; mas os jovens, esses otários que se iludem com qualquer discursinho inflamado, é que acabarão apanhando. Ou morrendo. E vocês acham que os velhos se importam?

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E já que mencionaram o nazismo, não custa lembrar os dois traços que caracterizaram a ascensão do nazismo na Alemanha: a propaganda mentirosa e o uso da violência.


24.3.16

não tem preço

Uma resma de papel para imprimir um processo: 20 reais
Dez litros de gasolina para prender um acusado: 35 reais
Descobrir a verdade e promover a justiça: não tem preço

20.3.16

caiu a farsa

Quem confunde as manifestações pelo impeachment com as Marchas para Jesus (e assemelhadas) não merece nem mesmo ter o nome mencionado.

Caiu a farsa: no quesito "elite", há um empate técnico entre os manifestantes a favor do governo e os manifestantes contra o governo.

O diretor José Padilha deu uma entrevista à VEJA sobre a Lava Jato. O homem é de esquerda, o veículo é de direita e a entrevista é imperdível.

Há gente que ocupa altos cargos no governo escrevendo para os jornais e ameaçando os brasileiros com uma guerra civil. Nunca imaginei que alguém fosse capaz de ir tão longe descer tão baixo apenas para escapar da cadeia.

18.3.16

18 de março de 2016

17 de março de 2016: Lula vira ministro e já começa a mobilizar seus aliados

ADENDO (18 de março de 2016, 20:45h)

16.3.16

16 de março de 2016




14.3.16

Datafolha revela: apesar da crise, brasileiros engordaram 100% em apenas 3 meses

Segundo estudos do Datafolha, a Avenida Paulista não comporta mais do que 950.000 pessoas, ou 1,5 milhão de pessoas, se levarmos em conta o trecho Paulista-Consolação.

Ontem, dia 13 de março, 500.000 pessoas lotaram a Avenida Paulista e adjacências.(1) Assim, é forçoso concluir que havia relativamente pouca gente porque as pessoas estão ocupando mais espaço.

O governo está preocupado com essa epidemia de obesidade que teima em desafiar a depressão econômica e promete fazer todo o possível para deixar os brasileiros mais magros.

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(1) Um blogueiro da própria Folha de São Paulo (num artigo em que defende a metodologia de cálculo do Datafolha) escreveu ontem: "Nunca vi nada assim, a manifestação estava muito cheia de gente, a Alameda Santos estava abarrotada. Teve gente que não foi porque não conseguiu entrar no metrô."

13.3.16

13 de março de 2016




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