13.2.19

Muses go home



Alguém, numa rede social, achou que "musa" é sinônimo de "miss". Não é divertido? O tuiteiro, coitado, julgou e condenou, do alto de sua sabedoria televisiva, o CNPq; e o que mais poderia ele ter feito, se é uma venezuelana esplêndida que lhe chacoalha o cérebro em nervosas sinapses quando a palavra "musa" se apresenta aos seus sentidos?

A seguir, porém, acontece o inesperado: um importante veículo jornalístico do Rio de Janeiro repercute a ignorância do rapaz e publica uma irrelevância baseada num equívoco como... notícia.

Aqui já começamos a perder a vontade de rir. Precisávamos de mais essa dose de deseducação?

Por fim, veio a resposta do próprio CNPq, que, por algum motivo, manteve-se na defensiva e eximiu-se de explicar o que é uma musa. Podia ter esclarecido, para o bem de todos, que "musa" é uma coisa, e "miss", outra. Podia ter educado, mas omitiu-se. Sim, houve uma discretíssima referência à "fonte de inspiração" no texto divulgado pelo CNPq, mas quem tira algum benefício desse excesso de elegância? Custava explicar?

Agora é tarde. Embora nada tenham contra as moças dos concursos de beleza, as musas, ultrajadas por haverem sido confundidas dessa maneira, irão nos abandonar, para nosso azar, à nossa própria sorte.


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