24.12.06

belas ou nem tanto

Há mortes estranhas ou desconcertantes, mas poucas rivalizam com aquela que sobrevém no cumprimento de um ofício. As mortes do futebolista em pleno jogo, do orador em meio a um discurso ou do ator no palco revestem-se de uma dignidade comparável à morte do guerreiro de outras eras no campo de batalha. Desse gênero de dignidade na morte o escritor está, por definição, privado. Eis aí mais uma razão para o suicídio de escritores.



[triagem:29.10.2004]

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