24.2.07

O marido de Dona Zuleide

Dá pra entrar? Sempre dá pra entrar. Entrar qualquer um entra, o difícil é sair. Para mim também é difícil. Se ele havia entrado, que saísse por sua conta. Já tirei dois, mas isso foi há muito tempo. Agora me dou por satisfeito em tirar a mim mesmo. Atrás desta onda vem outra, quase monstruosa. Hora de sair. Atrás dela, mais duas, talvez maiores. Ele assustou-se, engoliu água, ficou na pior. Um surfista e um salva-vidas o tiraram do mar.

Dona Zuleide me disse que só o fato de eu estar ali, perto dele, já o havia tranqüilizado. Mas e se fosse o contrário? E se ele só entrou porque me viu entrar? Não externei meus pensamentos. Se ela quer rezar por mim, que reze. Mas o infinito? O infinito não cuida de mim. Eu que me cuide quando entro nele. Eu e meu pequeno fôlego no meio das ondas que respiram grande. O mar, sim, o mar é o infinito na terra.

5 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Chico,
Que puta cantada te deu a Dna Zuleide!
"o mar é o infinito na terra"
muito lindo!!!!
beijo,
Sada

26 de fevereiro de 2007 às 20:25  
Blogger Francisco Fuchs disse...

Mas Sada, a frase é minha!
Quero dizer, é nossa. =)
Beijo!

27 de fevereiro de 2007 às 00:09  
Anonymous Anônimo disse...

Chico,
é claro que a frase é tua!
a cantada foi antes,pelo simples fato de você estar perto dela..
beijo!

27 de fevereiro de 2007 às 05:31  
Blogger Francisco Fuchs disse...

Ah, não me complica, Sada! =)

Mas falando sério, o Girauta também reclamou dessa passagem, e de fato ela não ficou muito clara. Dona Zuleide estava se referindo ao fato de eu estar perto do marido dela, lá no meio das ondas. ;)

Beijo!

27 de fevereiro de 2007 às 12:27  
Anonymous Anônimo disse...

sei.....hum hum...

27 de fevereiro de 2007 às 18:08  

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