28.10.13

Brasil cobrará royalties de historiadores

A partir de 2014 o governo brasileiro passará a cobrar royalties de autores que escrevam livros sobre a história do Brasil. Também será criado um Ministério da Verdade, encarregado de examinar e avaliar toda a produção historiográfica que tenha como objeto a história brasileira.

A iniciativa reflete a tese do decano Roberto Carlos sobre as biografias: "O escritor não cria uma história. O biógrafo só narra uma historia que não é a dele. Ele passa a ser dono de uma história que não é a dele e isso não é certo."

Uma comissão de historiadores foi a Brasília na esperança de dissuadir os congressistas. O porta-voz do grupo declarou que o historiador não se torna dono de coisa alguma apenas por escrever um livro, e que não se pode confundir a vida de uma nação, que efetivamente pertence aos seus protagonistas, com as narrativas que terceiros possam escrever sobre ela.

Já o deputado Antaga Lopante, fã de Roberto e defensor da nova proposta, ridicularizou um grupo de populares que se reuniu diante do Congresso para apoiar a posição dos historiadores. Segundo Lopante, "alguns manifestantes exibem cartazes com os dizeres A história não pertence a ninguém; outros exibem cartazes com os dizeres A história pertence a todos. Eles claramente não sabem do que estão falando."

A boa notícia é que os royalties só serão cobrados de historiadores estrangeiros. Brasileiros natos estão isentos do pagamento, mas continuarão obrigados a submeter seus trabalhos ao Ministério da Verdade. "Não há nada que não se resolva com uma boa conversa", resumiu Antaga Lopante.

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