30.4.17

Belchior entre livros

Estava eu, certa vez, na Livraria Brasileira (creio que era esse o nome), um sebo dos bons que funcionou durante muito tempo no segundo andar do edifício Avenida Central. Quando enfim levantei dos livros meu olhar, vi que lá estava Belchior fazendo o mesmo que eu: revirando velharias.

Como bom carioca, fingi que não havia visto ninguém e que Como nossos pais e Paralelas não haviam marcado minha adolescência; e, à força de tanto fingimento, acabei esquecendo-me deveras de sua presença.

Mas ficou-me a lembrança, boa lembrança, de um homem reservado que queria dar ouvidos a outros homens.




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