5.6.17

Crise política 2: o impasse

Agora que o cerco à operação Lava Jato ganhou contornos oficiais e que a blindagem da corrupção está ganhando novas e coriáceas camadas, é bastante difícil prever até que ponto as quadrilhas no poder serão afetadas. Tudo indica que, a despeito das baixas e até da queda de alguns medalhões, as quadrilhas irão sobreviver, e com elas a velha política da "Nova República". Espero, é claro, estar enganado; mas o esperar, neste caso, exprime mais uma "torcida" do que propriamente uma esperança.

Se não há solução fora da política, e se os encarregados de providenciar soluções (por exemplo, uma reforma política) são os políticos, ou seja, justamente aqueles que precisam desesperadamente que as soluções lhes sejam benfazejas em detrimento do resto da sociedade, estamos, nitidamente, num impasse.

Como sair desse impasse? Pedir que quadrilhas não se comportem como quadrilhas está fora de questão. Assim, é preciso impedi-las de tomar decisões que mantenham seus próprios privilégios. Mas como impedir que políticos conduzam as necessárias reformas sem, com isso, recair em autoritarismos?
 

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