rumo ao futuro 2
Estou há dias esperando a repercussão da matéria The Big Hack na imprensa brasileira. Ainda não vi absolutamente nada.
A reportagem, publicada pela Bloomberg Businessweek no dia 4 de outubro, revela que a Supermicro (Super Micro Computer Inc.), uma gigantesca fabricante de placas-mãe para servidores, introduziu um minúsculo chip em placas fornecidas para o mundo todo e que teriam ido parar, por exemplo, nos servidores da Amazon e da Apple. Menores do que a ponta de um lápis, esses chips são capazes de baixar código executável e de "preparar o sistema operacional do dispositivo para aceitar esse novo código".(1)
Note, na ilustração acima, que o chip sequer tem a aparência de um chip, e apresenta-se, por assim dizer, disfarçado de conector (como aquele usado no BIOS). Todos os envolvidos negam as informações, mas há uma investigação sigilosa em curso e 17 fontes anônimas teriam confirmado tudo.
Os detalhes dessa notícia são tão graves e escabrosos que eu vou parar por aqui: detesto sensacionalismo, sobretudo quando baseado (ainda) em especulações. Mas a imprensa brasileira, que ganha para informar, decidiu fazer a egípcia.
Compreende-se; um ataque via hardware dessas proporções é uma notícia desagradável para os defensores das urnas eletrônicas.
Não, os chineses não estão manipulando nossas urnas e, muito provavelmente, ninguém está. Mas, entre o cinismo de uns e a paranóia de outros, há espaço suficiente para uma reflexão coletiva bem urdida e uma correção de rumo para as futuras eleições. Se realmente queremos ser uma das maiores democracias do mundo, temos de avaliar exaustivamente essa escolha em particular.
(1) The Big Hack: How China Used a Tiny Chip to Infiltrate U.S. Companies
A reportagem, publicada pela Bloomberg Businessweek no dia 4 de outubro, revela que a Supermicro (Super Micro Computer Inc.), uma gigantesca fabricante de placas-mãe para servidores, introduziu um minúsculo chip em placas fornecidas para o mundo todo e que teriam ido parar, por exemplo, nos servidores da Amazon e da Apple. Menores do que a ponta de um lápis, esses chips são capazes de baixar código executável e de "preparar o sistema operacional do dispositivo para aceitar esse novo código".(1)
Note, na ilustração acima, que o chip sequer tem a aparência de um chip, e apresenta-se, por assim dizer, disfarçado de conector (como aquele usado no BIOS). Todos os envolvidos negam as informações, mas há uma investigação sigilosa em curso e 17 fontes anônimas teriam confirmado tudo.
Os detalhes dessa notícia são tão graves e escabrosos que eu vou parar por aqui: detesto sensacionalismo, sobretudo quando baseado (ainda) em especulações. Mas a imprensa brasileira, que ganha para informar, decidiu fazer a egípcia.
Compreende-se; um ataque via hardware dessas proporções é uma notícia desagradável para os defensores das urnas eletrônicas.
Não, os chineses não estão manipulando nossas urnas e, muito provavelmente, ninguém está. Mas, entre o cinismo de uns e a paranóia de outros, há espaço suficiente para uma reflexão coletiva bem urdida e uma correção de rumo para as futuras eleições. Se realmente queremos ser uma das maiores democracias do mundo, temos de avaliar exaustivamente essa escolha em particular.
(1) The Big Hack: How China Used a Tiny Chip to Infiltrate U.S. Companies
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