29.4.08

Umas amam as picas retas,
outras amam os picaretas.

28.4.08

ONGs ligadas ao tema da ecologia mental estão organizando uma campanha nacional de coleta de balões de festa.

Os balões serão doados a igrejas de todas as denominações.

20.4.08

crianção
crianção

19.4.08

surrealismos

Ligar a TV é sempre uma experiência surreal.

Outro dia mesmo uma menina caiu da laje. Estava tranqüila, falando; imagino-a até sorrindo. Esperou mais de duas horas por uma ambulância e acabou morrendo. Isso não é um crime intolerável? E no entanto só falam da outra, branca e de classe média.

Ouço a chamada: existe um tempo ideal para a relação sexual. Saiba se você...

Mas que estupidez. Sexo, como todo o resto, é acontecimento. Cinco minutos, cinco horas, cinco dias... DEPENDE! Mas e os tolos que acreditam no "ideal"? Como ficam?

Depois, a indignada propaganda das fábricas de cerveja contra a proibição da propaganda de cerveja na TV. O argumento é o seguinte: eles apenas anunciam seu produto. Se uns poucos bebem demais e fazem bobagem, o problema é dessa minoria, e não deles ou da maioria que apenas engorda em frente à TV.

Qualquer debilóide com metade do cérebro extirpado a golpes de facão percebe que há um vício nesse raciocínio. Pois se a propaganda influencia indiscriminadamente gente que bebe com responsabilidade e gente que bebe e fica propensa a fazer bobagem, estimular mais gente a beber é aumentar o número tanto dos primeiros quanto dos últimos.

Para rematar o cinismo da coisa toda, eles invocam a liberdade de expressão como um direito sagrado. Mas já existem limites à liberdade de expressão. Propaganda nazista e racista não pode. Propaganda de drogas pode?

E vender tolices como o "tempo ideal" de uma relação sexual, pode também?

O que queremos afinal? Um povo de pensadores ou um rebanho de neuróticos atormentados por fantasmas derivados de normas imaginárias? É, talvez a vida se torne mais fácil para eles se estiverem entorpecidos pelo álcool e por um monte de imagens coloridas, de preferência em altíssima definição...

Agora me respondam: sou eu quem tem que perder seu tempo dizendo essas coisas?

17.4.08

O vazio em que repouso
desde sempre
torna-me a mim mesmo ausente.

Fosse eu remela, pum, asa de mosca
algo seria:
mas o ser escapa-me tão completamente
quanto o nada, essa alegoria.

Não lastimo a morte
e nem mesmo seu esquecimento:
danço como dança a dança
sem chão para pousar os pés
que não tenho.

14.4.08

charada em duas partes

1. Negação:

Não há ser.

2. Afirmação:

O único ser é a repetição.

Você não "é". Você se torna e destorna, retorna...
Esse vento no rosto, é o vento da liberdade.
Uma rajada. Depois fica mais forte.
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